A radiologia está entre as áreas da medicina que mais avançam em tecnologia e modernidade. Atualmente existem diversas modalidades de diagnóstico por imagem, cada uma com suas especificidades, seus benefícios e suas desvantagens.
Basicamente podemos dividir os métodos de obtenção de imagem em dois grupos: aqueles que utilizam radiação ionizante, conhecida como Raio-x, e aqueles que não utilizam de tal radiação, como a ressonância magnética e a ultrassonografia.
Quer saber quais são as modalidades de diagnóstico por imagem, como elas operam e as vantagens de cada uma? Então acompanhe nosso artigo!
1. Radiografia convencional (Raio-x)
A radiografia é o exame por imagem mais utilizado em diagnósticos médicos e odontológicos. É amplamente usado na medicina para examinar, principalmente, estruturas ósseas, tórax — com boa visualização dos pulmões — e abdome, especialmente para o aparelho gastrintestinal.
O equipamento de Raio-x utiliza a radiação ionizante, por isso o nome do aparelho. Esses raios atravessam os tecidos do organismo e são captados por um filme no qual a imagem é formada.
As principais vantagens dessa modalidade de exame são o baixo custo do equipamento — podendo ser adquirido até pelos menores centros de saúde —, sua rapidez para obter imagens, a possibilidade de usar contraste e ter uma versão portátil, fácil para levar até o leito.
Em alguns casos, talvez seja necessário fazer uso de contraste antes ou durante o exame. Essa substância vai ajudar a melhorar a qualidade das imagens de locais mais difíceis de examinar, como o trato gastrintestinal e os vasos sanguíneos.
A radiografia contrastada é uma modalidade de Raio-X que, através da administração de uma substância opaca, permite a distinção das estruturas específicas. Geralmente os contrastes utilizados são compostos de bário ou de iodo.
Em caso de utilização de contrastes antes do raio X, alguns efeitos colaterais aos elementos presentes podem surgir durante ou após a ingestão. Eles incluem:
- urticária,
- prurido (coceira);
- náuseas;
- tontura;
- gosto metálico na boca.
Em situações mais raras, o contraste pode causar uma reação alérgica grave, como choque anafilático. Tanto nos casos graves quanto nos mais leves é fundamental procurar atendimento médico com urgência para tratamento imediato.
2. Mamografia
A mamografia é uma modalidade de exame por imagem que analisa a anatomia do tecido mamário. A técnica de obtenção de imagem é a emissão de Raios-X, porém, se difere da radiografia convencional por conter um elemento químico chamado molibdênio.
É por meio desse átomo que é possível a formação de imagens com um contraste melhor, para diferenciar a mama dos tecidos próximos. Cabe ressaltar que o câncer de mama é o mais prevalente nas mulheres, e a mamografia é considerada o exame mais importante no prognóstico e no diagnóstico dessa doença.
3. Densitometria óssea
A densitometria óssea é uma modalidade de diagnóstico que obtém imagens por meio do densitômetro ósseo. Esse equipamento também utiliza emissão de Raios-X, mas em baixas quantidades.
A finalidade desse exame é quantificar a densidade mineral óssea, avaliando se há perda de massa óssea, e quantificando o quanto foi perdido. É, então, feita uma avaliação computadorizada dos dados, que apontam o risco do paciente evoluir para as fraturas, osteopenia e osteoporose.
4. Tomografia computadorizada
A tomografia computadorizada também faz parte do grupo que utiliza radiação ionizante para produzir imagens dos tecidos. Por meio da emissão de Raios-X são obtidos cortes finos das estruturas desejadas, que podem ser processados por um software que os transforma em imagens com 2 e 3 dimensões em diversos planos.
As principais vantagens dessa modalidade são a boa resolução das imagens — permitindo diagnósticos mais precisos —, a rapidez na realização e o custo relativamente menor quando comparado ao da ressonância magnética.
5. Ressonância magnética
A ressonância magnética é uma modalidade que não faz uso da radiação ionizante, mas de uma radiofrequência em conjunto com o magnetismo.
A tecnologia do equipamento possibilita usar o campo magnético formado pelo ímã da máquina para estimular a movimentação de átomos de hidrogênio presentes na água do corpo. Esses movimentos emitem sinais, que, por sua vez, são convertidos em imagens.
As vantagens da ressonância são a não utilização de radiação, a boa qualidade das imagens obtidas e a possibilidade de utilizar um contraste menos tóxico para o organismo, o quelato de gadolínio.
6. Ultrassonografia
A ultrassonografia utiliza ondas sonoras de alta frequência para formar a imagem do corpo humano. Dessa maneira, é possível visualizar os órgãos internos, especialmente os ocos, como a bexiga e o trato gastrintestinal.
Ao contrário do que acontece com a radiografia (Raio-X) e a tomografia computadorizada, que utilizam radiação e contraste iodado para formar imagens, o ultrassom não utiliza nenhum tipo de radiação e não prejudica o organismo.
É considerado um exame seguro também na gestação. Graças à ultrassonografia obstétrica é possível observar o formato, a posição e os movimentos do bebê dentro do útero da mãe.
Apesar da frequente insegurança que atormenta os pais com o medo de que o ultrassom cause algum risco para o bebê, os obstetras concordam que esse é um exame muito seguro, tanto para a mãe quanto para o bebê.
7. Medicina nuclear
A medicina nuclear tem cada vez mais importância entre os exames de diagnóstico por imagem, mesmo que seu custo ainda seja elevado.
Alguns exemplos dessa modalidade são a tomografia por emissão de pósitrons (também chamada de PET Scan), a cintilografia de diversos órgãos como a tireoide, o cérebro, as suprarrenais, as paratireoides, do pulmão, do miocárdio, dos rins, e neoplasias de linfonodos e dos ossos.
Esse tipo de exame é realizado através de imagens formadas por isótopos radioativos de moléculas que atingem células-alvo específicas, possibilitando a avaliação da fisiologia e do metabolismo do órgão estudado. Isso faz com que seja possível identificar a existência de células disfuncionais, como as do câncer.
8. Angiografia
Este exame foi descoberto na década de 1920 e vem sendo cada vez mais utilizado na medicina moderna, como, por exemplo, nos cateterismos, arteriografias e cirurgias endovasculares.
A angiografia quer dizer “ver o traçado” dos vasos sanguíneos, ou seja, por onde as artérias estão passando e se há alguma obstrução em sua luz. É uma espécie de radiografia que utiliza contraste no lúmen dos vasos, podendo chegar até as câmaras do coração.
Fonte: Blog Ambra Saúde